Mas Stewart faz Mallory, a garota no Rileys, tão defensiva e evasiva, tão disposta a oferecer um lap dance ou sexo oral, em vez de explicações, pois sabemos que ela tem uma história cheia de traumas, deserções e traições. “Nós achamos ela na extremidade, de se tornar uma dessas garotas que vemos em clubes de strip mortas por dentro,” diz Stewart, 20 anos, em uma entrevista recente. “Eles realmente não têm nada além dos olhos quando olham para você, você não é igual eles porque perdeu algo – eles não se sentem completos. Ela foi abusada e pensa que é uma pessoa menor, e ela se odeia de verdade. Ela não tem a capacidade de confiar em outras pessoas, ou se sentir digna do amor. Mas ainda bem que nesse filme, que era um filme que eu queria fazer, eu acho que ela começa a invejar as pessoas que são mais completas, que gostam delas mesmas. Não estou dizendo que ela tem uma completa recuperação, mas o que acontece com ela na história desencadeia a questão.”
Stewart e eu tivemos 20 minutos em um quarto de hotel em Manhattan que foi limpo tirando tudo menos as cadeiras. “Livre,” ela observa. Ela usa uma camisa de seleção branca e preta e jeans. Não há conversa pequena, as palavras saem como em uam corrida, eu gosto que o senso de atuar a deixe mística. E então ela se foi, deixando seus óculos de sol no chão. Em vez de vender no eBay, eu cautelosamente os devolvi para o assessor, ou agente, do lado de fora. Foi isso.
Seguindo Stewart furtiva, interpretando Joan Jett em The Runaways,sua performance em Rileys complica ainda mais a imagem da atriz, que foi fundada passivamente e com certa ironia. Não que Bella seja típica. Ao fazer sua sombria e e tímida heroína do colégio, Stewart manteve a indefinição do personagem, nada fácil de retirar, ao longo de três filmes (que vão ser 5 em 2012).
Mallory, em contraste, é uma força emplodindo da natureza. Em sua meia arrastão e luvas, ela é menos a prostituta do que imagina, é um cordeiro em pele de raposa, uma criança brincando com jogos brutais de
adultos.
Chapada e machucada, Mallory é mais convincente do que o próprio filme, vem ao longo um bem-fazer encanador (James Gandolfini), em luto por sua filha morta na adolescência, para tentar resgatá-la. Ele rejeita suas investidas sexuais, limpa seu apartamento e briga quando ela diz “foda-se”. E então aparece sua mulher (Melissa Leo), superando sua agorafobia e encontrando o marido em Nova Orleans, para completar a família Riley.
Um conto de fadas ao mesmo tempo em que é um caso a três para estudo psicológico, o filme de Jake Scott é muito esquemático, mas não é sem controles realidade: como quando Mallory foge para a noite a grita de volta ao seu pais substitutos: “Não sou a menininha de ninguém – é muito trade para essa merda!”
Por mais danos que ela tenha, Stewart dá a ela a integridadede amarga de alguém que, tendo feito uma cama, vai se deitar nela. E ela tem seus princípios: “Eu não faço anal, German Shepherds, ou fitas pornô,” ela diz ao Doug de Gandolfini, que está mais interessado em desentupir seu banheiro. É inquietante ver Stewart falando essas coisas e é inquietante ver ela interpretando isso.
“Eu estava muito assustada com isso, na verdade,” ela disse. “Tudo foi bem antes de eu fazer isso, quando eu era muito nova para interpretar ela, e então tudo ficou ao contrário. Mas uma vez que começamos a filmar, eu me choquei pensando que deveria usar menos roupas e as palavras saíam da minha boca. Eu estava pronta finalmente, eu não sei, madura o suficiente que isso não me incomodou.”
Mallory tem ligações com John, um dos quais a deixa com um lábio rebentado, realizado fora da tela, mas incomodando Stewart mesmo assim, “Eu sei que nós não precisamos ver isso, mas isso não importa porque chega um ponto que se torna técnico – você tem que interpretar como se tivesse acontecido, então não há muita diferença. Se está tudo dentro, se você não tem que mostrar ela trabalhando com algum cara, não é menos dificil de interpretar. Uma coisa que eu não conseguia tirar da minha cabeça – e isso é manifestamente sexual e explícito – é que ela estava constantemente machucada e esfolada. É horrível e nunca vai embora. Você fica em volta disso sempre.”
Um dos subprodutos da enorme atenção da mídia está focada em Stewart – especialmente seu relacionamento, qualquer que seja, com Robert Pattinson, sua co estrela em Crepúsculo – está tirando o brilho do seu talento. Alguns críticos analizaram seu estilo ou a maneira que ela se molda sem fazer e falar muito. Existem atrizes da idade de Stewart e bonitas como ela, mas nenhuma tão convincente. Em Welcome to the Rileys, assim como em Crepúsculo e diversos outros como como Into the Wild, Adventureland, e The Runaways, a atuação de Stewart tem um pulso firme que é interrompida pelos súbitos ziguezagues violentos de emoção. Ela não tem idéia de por que sua presença é tão silenciada.
“Não sei de onde isso vem,” ela disse. “Eu só quero alcançar certo sentimento. Você tem que estar consciente do que vem em seguida, porque você está contando a história. Você não pode se perder, embora seja bom. Não tenho muito controle sobre isso porque não sou a melhor atriz técnica. Existem atores com quem eu trabalhei, que num piscar de olhos, podem fazer tudo o que precisam para convencer. Minhas elevadas cenas emocionais sempre escapam de mim. Nunca fui capaz de derramar uma lágrima. Você tem que ter uma fé que, porque você ama um papel, o que você está tentando fazer, vai encontrar seu caminho, mas às vezes isso não acontece. Isso acontece comigo o tempo todo. Acho que nunca vou adquirir essa habilidade, e tenho certeza que existirão vezes em que as pessoas vão ficar confusas e dizer, ‘Isso é estranho – ela deveria ter se saído bem melhor nisso.’ Mas há vezes em que eu terei sorte.”
Ela da uma pausa. “Oh Deus, o pensamento de que você está fazendo uma coisa e não está fazendo justiça, que você não fez certo. É o pior sentimento – Eu nem posso explicar para você.”
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